"& alias vidi tractatum de fideiussoribus seu assecurationibus, Petro Santerna, Lusitano, Iureconsulto clarissimo autore", Benvenuto Stracca in "De mercatura decisiones, et tractatus varii, et de rebus ad eam pertinentibus in quibus omnium Authorum", 1556. /// Blogue dedicado ao 'Grande Direito Comercial', i.e., ao Direito dos Mercados e das Empresas // Bitácora dedicada al 'Gran Derecho Comercial/Mercantil', i.e., al Derecho de los Mercados y de las Empresas.

luni, aprilie 17, 2006

Em Portugal, "Estado quer regular 'pub' e sector rejeita interferência"

Nos termos de um artigo da jornalista Carla Castro, publicado no Diário Económico, "'A auto-regulação não substitui a regulação do Estado na publicidade', afirmou Fernando Serrasqueiro, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, ao Diário Económico, depois de ter defendido a mesma posição na subcomissão parlamentar de Direitos Fundamentais e Comunicação Social.
O sector não vê com bons olhos a criação de um órgão regulador da publicidade – que consta do ante-projecto do Código do Consumidor, apresentado no passado dia 15 de Março, o qual prevê a criação da Entidade Reguladora das Comunicações Comerciais (ERCC). 'Parece-nos uma interferência indevida numa área de iniciativa privada. Um ataque violento aos princípios que defendemos da auto-regulação', afirmou ao Diário Económico Manuel Barata Simões, secretário-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN).
A auto-regulação do sector é feita, actualmente, pelo Instituto Civil da Autodisciplina da Publicidade (ICAP), cujos sócios são os próprios anunciantes. A adesão é voluntária. O Instituto do Consumidor (IC) é o órgão fiscalizador do Estado, que levanta os autos. 'Para quê criar um órgão regulador, quando já temos o Instituto do Consumidor, que fiscaliza a actividade?', pergunta Luís Rosendo, director-executivo da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN).
Para o secretário de Estado, mesmo que o órgão regulador venha a ser o IC, o importante é que o Estado não se demita da sua responsabilidade. No entanto, sublinha Fernando Serrasqueiro, 'a comissão [que apresentou o ante-projecto] defende que a influência do sector publicitário justifica já um órgão regulador autónomo'.
O que mais preocupa anunciantes e agências de publicidade é o financiamento do futuro órgão regulador. 'O ICAP ficaria com menos potencial de financiamento. A taxa da Entidade Reguladora da Comunicação Social já é pesada. Quem paga acabam por ser os anunciantes e os orçamentos vão diminuindo', insiste Luís Rosendo. Sobre esta questão, Fernando Serrasqueiro limita-se a afirmar que é um assunto a tratar e que vai ser 'objecto de um regulamento próprio'. O ante-projecto está em fase de consulta pública durante 120 dias.
Já no ano passado, o IC propunha, sem sucesso, uma taxa de 0,5% sobre a facturação de cada agência para financiar a entidade fiscalizadora." (As hiperligações foram acrescentadas)

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