"& alias vidi tractatum de fideiussoribus seu assecurationibus, Petro Santerna, Lusitano, Iureconsulto clarissimo autore", Benvenuto Stracca in "De mercatura decisiones, et tractatus varii, et de rebus ad eam pertinentibus in quibus omnium Authorum", 1556. /// Blogue dedicado ao 'Grande Direito Comercial', i.e., ao Direito dos Mercados e das Empresas // Bitácora dedicada al 'Gran Derecho Comercial/Mercantil', i.e., al Derecho de los Mercados y de las Empresas.

miercuri, mai 03, 2006

"O caso Microsoft – monopólio ou inovação?"

"Para quem acompanhe os desenvolvimentos das modernas tecnologias da informação e as questões jurídicas com elas relacionadas, a semana de 24 a 28 de Abril foi dominada pelo julgamento do chamado 'caso Microsoft', no Tribunal de Primeira Instância das Comunidades Europeias.
Está em causa a decisão sobre a validade ou a nulidade da decisão da Comissão Europeia que, em Março de 2004, após 5 anos de investigação, aplicou à Microsoft uma coima recorde de 497 milhões de euros por, alegadamente, esta haver violado o artigo 82.º do Tratado CE, em virtude de: (a) recusar fornecer aos seus concorrentes no mercado do 'software' para servidores de grupo, a informação de interface que lhes permitisse 'dialogar' com o sistema operativo da Microsoft; (b) vender o seu sistema operativo Windows em conjunto com o Windows Media Player, 'forçando' os clientes e consumidores a adquirir o segundo sempre que adquiriam o primeiro.
Além da coima, a Comissão Europeia impôs à Microsoft dois tipos de obrigações que considerou necessárias para restabelecer a concorrência: por um lado, a obrigação de fornecer a informação necessária à interoperabilidade, com direito a compensação razoável na medida em que a mesma esteja protegida por direitos de propriedade intelectual; por outro lado, a obrigação de oferecer aos fabricantes de PC’s uma versão do seu sistema operativo sem o Windows Media Player, de maneira a deixar aos compradores a escolha do conjunto de serviços que prefiram.
Porque é que este caso tem profundas implicações, não apenas para a empresa em causa, mas também para a questão da inovação no mercado do 'software' e dos servidores informáticos e para toda a envolvente jurídica que a acompanha?"
Assim se inicia um muito interessante artigo de opinião de José Luís da Cruz Vilaça, Advogado, professor universitário e antigo presidente do Tribunal de Primeira Instância das Comunidades Europeias, publicado no Diário Económico e a ler na íntegra.

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